sábado, 14 de abril de 2012

Tecidos que são a cara da África vêm da Holanda


Os tecidos multicoloridos com estampas fortes são uma marca registrada das mulheres africanas. O que pouca gente sabe é que eles vêm da Europa. Desde 1846, uma empresa holandesa chamada Vlisco desenha e produz esses tecidos que, ao longo do tempo, se tornaram um retrato cultural da África central e ocidental.
Agora essa história pode ser revista em uma exposição organizada pelo Museu de Arte Moderna de Arnhem, na Holanda, até o dia 6 de maio. Batizada de “Six Yards Guaranteed Dutch Design”, a mostra revela como a produção de tecidos da Vlisco, uma empresa tradicional holandesa, influenciou as culturas desta região do continente africano a ponto de criar uma identidade de moda e também imprimir sua marca nas artes visuais e na fotografia locais.
Nascidos há mais de cem anos na Indonésia e estampados na Holanda, esses tecidos têm sido adorados por décadas na África e chamam, cada vez mais, a atenção no Ocidente. Coloridos, com estampas fortes, eles começam a aparecer também nas passarelas de Paris e nas galerias de Londres e Nova York – e não só nos mercados de Gana.
A exibição mergulha na história dos tecidos, na história holandesa pós-colonialismo e levanta as diferenças e similaridades entre as culturas ocidentais e orientais. Para completar, mostra como artistas como Viviane Sassen e Yinka Shonibare, entre outros, foram inspirados pelos tecidos da Vlisco. Confira algumas imagens da exposição na galeria abaixo:

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