sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SEMANA DE MODA EM PARIS LOUIS VUITTON

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Uma passarela toda preta com uma cortina de franjas douradas e três tigres (falsos, vale dizer) a postos. Quem visse a cena poderia achar que estava para começar o desfile da Roberto Cavalli. Mas, não. Ao som de Bach, a Louis Vuitton apresentou seu verão 2011 inspirado no trabalho dos primeiros estilistas japoneses a apresentarem suas coleções em Paris – inclusive Kenzo Takada, cuja marca comemora 40 anos em 2010. A referência dos trajes orientais pode ser vista em toda a coleção – quem conhece o trabalho de Marc Jacobs, estilista da marca, vai conseguir identificar uma estética parecida com a de alguns looks do verão 09 –, mas aparece bem condensada ao glamour dos anos 1920. Adicione à mistura um pouco do estilo das dançarinas de Charleston e as listras dos tigres. A convivência entre tantos temas que aparentemente não têm nada em comum, mas ganham sentido nas mãos de Marc Jacobs, pode ser uma analogia para a personalidade do estilista: uma mente extremamente criativa, com referências mil, mas que consegue dar sentido a elas graças à porção organizada e centrada. Mas é o apurado senso estético do estilista o culpado por misturar tantas cores – pink, roxo, amarelo, turquesa, vermelho, vinho, dourado, magenta, laranja, verde, marrom, preto e branco, ufa – e texturas – renda, lurex, jérsei, seda, tecidos telados, estampas florais, franjas – em harmonia improvável e refinada. Marc Jacobs segue inabalável como um criadores mais completos desta geração.

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